Desaceleração Econômica em 2025 Pode Ser Mais Profunda do que se Imagina

Sinais de Crise
Por: Érika Silva
A economia brasileira, que apresentou um crescimento robusto de 3,4% em 2024, enfrenta desafios significativos em 2025. Projeções indicam uma desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,0%, com uma possível redução adicional para 1,6% em 2026. Essa tendência é atribuída a fatores como altas taxas de juros, incertezas no comércio internacional e pressões fiscais internas.
A taxa Selic, atualmente em 14,25%, é uma das mais elevadas do mundo. Essa política monetária restritiva visa controlar a inflação, mas também encarece o crédito, desestimula investimentos e reduz o consumo das famílias. Especialistas alertam que essa estratégia pode prolongar a desaceleração econômica.
Além disso, o Brasil enfrenta uma crescente pressão fiscal, com 62,1% da dívida pública federal atrelada a juros de curto prazo, o que aumenta a vulnerabilidade do país a choques econômicos. O governo reconheceu a necessidade de consolidação fiscal para melhorar as perspectivas da dívida pública.
O setor agrícola, por sua vez, continua a ser um pilar importante da economia, beneficiado por uma recuperação após períodos de seca. No entanto, o setor industrial enfrenta desafios devido às altas taxas de juros, que dificultam o financiamento e ampliam os custos operacionais.
Em resposta a essas dificuldades, o governo brasileiro propôs um superávit primário modesto de 0,25% do PIB para 2026, o primeiro desde o início do atual mandato presidencial. No entanto, analistas permanecem céticos quanto à eficácia dessas medidas, apontando que as atuais políticas fiscais podem ser insuficientes para estabilizar a dívida pública.
Em resumo, embora o Brasil tenha superado expectativas em 2024, os desafios econômicos em 2025 exigem uma abordagem estratégica e reformas estruturais para garantir a estabilidade e o crescimento sustentável da economia nacional.
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