
Do café da manhã em casa às operações do pregão: conheça quem vive o dia a dia do trade.

Érika Silva – Investidora, Trader e Empresária
Como você lida com a pressão de “ter que ganhar” e mantém a cabeça no lugar?
Não acredito que ‘ter que ganhar’ seja o principal fator; é apenas consequência de toda preparação. No mercado, temos 50 % de chance de acertar ou errar…
Érika Silva
Trader Profissional
Como você se sentiu ao colher seu primeiro lucro no dólar futuro — aquele friozinho na barriga que você nunca esquece?
Meu primeiro gain foi uma sensação de ‘vou ficar milionária facinho!’ O que eu não sabia é que em cada operação tinha taxas e custos operacionais. Foi uma alegria que durou menos de 24 horas, pois no dia seguinte só restava 10 % do que eu havia ganhado. Arrumei uma briga com a corretora até entender que nada é de graça, nem mesmo operar.
Qual medo você teve de dar o primeiro “clique no mouse” e como conseguiu vencê-lo?
Na verdade, nunca tive medo de operar, mesmo quando tinha perdas significativas. Sempre acreditei que, se eu quisesse algo, eu conquistaria; com o mercado não seria diferente.”
Quando bateu o desânimo após um dia difícil de operações, o que te motivou a continuar?
Muitas foram as perdas, e em algumas delas eu dizia a mim mesma: ‘isso não é pra mim, eu nunca vou conseguir, desisto’. Então eu ouvia o Senhor Deus falar no meu coração: ‘Não te dei um espírito de covardia; não temas, eu sou o Deus que abre o teu entendimento, não desista.’ Foi essa voz de Deus que sempre me impulsionou a continuar.
Você já celebrou uma pequena vitória em família ou com amigos após um trade bem‑sucedido? Conte esse momento!
Cada dia de gain eu separo parte do valor para reinvestir e outra parte para nossos momentos em família: viagens, restaurantes (adoro comer fora!), presentes para mim, para meu marido, para a casa e, claro, muitos mimos para meus sobrinhos.
Qual dica prática você daria hoje para alguém que quer começar e não sabe por onde?
Comece pelos estudos, depois pratique no simulador. Aplique tudo o que aprender antes de pensar em conta real. O mal de muitos iniciantes é querer logo operar em conta real sem antes aprender a lidar com o mercado — e isso frustra muita gente. Então respeite o processo!
O que te acalmou nas primeiras vezes — um ritual, uma música ou uma pausa para respirar?
Procuro estar sempre em espírito de oração e ouvindo louvores. Levanto, para tomar um café, beber água… afinal, no mercado não há margem para emocionalismo; preciso estar 100 % focada antes de tomar qualquer decisão.
Qual lição de humildade você aprendeu no mercado que todo iniciante deveria conhecer?
O mercado é soberano e não liga para nossa história triste e vai sempre tentar tirar o nosso rico dinheirinho. Ao entender isso, me submeti a essa soberania — reconheci que não controlo tudo. Há dias em que ‘não é dia de operar’, e respeitar isso é essencial; operar contra o mercado é suicídio.
Como você lida com a pressão de “ter que ganhar” e mantém a cabeça no lugar?
Não acredito que ‘ter que ganhar’ seja o principal fator; é apenas consequência de toda preparação. No mercado, temos 50 % de chance de acertar ou errar. O ponto é minimizar o risco e proteger o capital a qualquer preço. Dias de perda são inevitáveis e fazem parte da vida do trader; são eles que nos amadurecem.
Que hábito simples mudou seu desempenho quando você era iniciante?
Fazer o fechamento do mercado, preparar o panorama antes da abertura, traçar todas as possibilidades e estar pronta para as inúmeras variáveis do dia. Ler cada preço, observar o interesse dos big players, esperar sempre o melhor preço de entrada, ainda que apareça só no fim do dia. Revisar operações diárias, semanais, mensais e fazer replays dos dias de loss para entender onde errei e não repetir os mesmos erros.
Qual meta realista você definiria para um novato na primeira semana de operações?
Para quem está começando, acredito que 10 pontos diários (R$ 100,00 no mini dólar) seja uma meta realista.
Como você celebra pequenas conquistas — e por que isso é tão importante?
Ainda que o mercado me tire na proteção de uma operação, é uma vitória a ser celebrada, não perdi dinheiro. Se eu valorizo R$ 0,50 de proteção por contrato, dou a mesma importância aos ganhos maiores. Nem todos os dias são de R$ 1.000, R$ 2.000 ou R$ 5.000; às vezes, faremos R$ 10,00. Dar valor a cada gain cria disciplina e evita sabotagem pela ganância.
O que faz você acreditar que, mesmo errando, cada trade é um passo rumo ao sucesso?
No day trade, o aprendizado é árduo, mas são os dias de loss que mais ensinam. Eles moldam nosso comportamento e revelam quem somos de verdade. Cada perda nesse processo vira um tijolo na construção da escada que nos leva ao topo; esses dias são alicerces do sucesso.
Qual foi seu “momento aha” lá no começo, quando percebeu que podia viver de operar dólar futuro?
No momento em que paguei minha primeira DARF (mesmo relutante por se tratar de imposto), entendi que cada DARF paga era o mercado dizendo: ‘você conseguiu mais um mês’.
Como o método Gold Space mudou sua forma de ver o fluxo de ordens — e por que você insiste em só duas abas?
A leitura de fluxo não é difícil para quem sabe, mas muitas janelas comprometem a performance de traders ansiosos. Um dia, orei e pedi algo novo para ajudar meus alunos, e Deus me mostrou o Gold Space — apenas duas ferramentas, mas com precisão. Simplicidade é poder; não precisamos complicar algo que é simples: apenas operar.
Conta pra gente: qual foi o trade mais épico (ou o tombo histórico) que te ensinou disciplina de verdade?
Vários, mas um me marcou: após dois stops pesados, estava na terceira operação para recuperar o prejuízo e o mercado não andava. Quando pensei em sair da operação, o Espírito Santo me disse “não saia, coloque seu alvo em 5.405” (cerca de 80 pontos acima do preço que entrei na operação). Achei que era o inimigo kkkkk, mas obedeci e saí da tela com o pensamento “ certeza que serei stopada, tudo bem é só um dia de loss” então, fui ao supermercado. Quando voltei, o trade havia encerrado, abri o relatório de performance e o resultado – 80 pontos de gain. Chorei copiosamente — não pelo pelo gain, mas porque foi a primeira vez que Deus guiou literalmente minha operação. O que Deus me ensinou foi a obedecer, mesmo em um cenário aparentemente desfavorável. De lá pra cá quando o Espírito Santo fala, eu digo Amém! Obedecer é melhor que sacrificar.
Muita gente fala de psicologia de mercado, mas você levou fé a sério. Como sua relação com Deus se mistura aos seus setups?
É tudo por Ele, por meio d’Ele e para Ele. Se não fosse a mão de Deus sobre mim, eu nunca teria chegado onde cheguei como trader.
Qual ritual tradicional você mantém antes de abrir a plataforma todo dia — aquele hábito que nunca quebra?
Oro, faço café para o meu marido, levo minha filha “pet” para passear, reflito sobre o dia anterior e penso em como posso melhorar, depois assisto às notícias.
Por que “números” são quase mantra pra você no order flow? Tem alguma lenda por trás?
Porque são a cereja do bolo que o Senhor preparou.
Você já pensou em largar tudo — blog, sala de trade, lives — e ir viver numa cabana? O que te mantém firme?
Sim, inúmeras vezes. Mas a obediência ao chamado de Deus e o desejo de alcançar vidas é mais forte que minhas vontades pessoais.
Se tivesse que resumir seu estilo de risco‑retorno em uma frase de sabedoria antiga, qual seria?
Parem de fazer marmorta!
O que vem por aí: qual é seu maior sonho de mercado para o ano que vem e como o leitor pode surfar nessa onda?
Quero criar a primeira escola de traders, não uma escola simples, mas um grande projeto para atender não só meus alunos, mas todos os entusiastas da profissão. Um dia eu disse: ‘seremos o maior grupo de traders da América Latina’. Não desisti desse objetivo. Planejo formar profissionais em todas as vertentes de renda variável, criar um clube de investimento e, quem sabe, chegar a ser um fundo de investimentos. Sei que não será do dia para a noite, mas é por aí que começarei.

Juliana Sales – Trader Profissional
Como você se sentiu ao olhar aqueles R$ 30,00 e pensar “é agora ou nunca”?
Foi frio na barriga misturado com fé. Eu sabia que, se errasse, não teria segunda chance. Mas sentia dentro que Deus tava no comando e que, de alguma forma, esse tudo-ou-nada ia virar meu ponto de virada.
Juliana Sales
Trader Profissional
Como você se sentiu ao olhar aqueles R$ 30,00 e pensar “é agora ou nunca”?
Foi frio na barriga misturado com fé. Eu sabia que, se errasse, não teria segunda chance. Mas sentia dentro que Deus tava no comando e que, de alguma forma, esse tudo-ou-nada ia virar meu ponto de virada.
Qual foi seu maior desafio naquele dia decisivo?
Foi domar a ansiedade. Cada segundo parecia uma eternidade, o cursor piscando me lembrava do perigo. Fechei os olhos, respirei fundo e lembrei do que a Érika sempre dizia, disciplina e paciência para o melhor preço.
Como você decidiu o ponto de entrada exato, sem margem pro erro?
Voltei na aula que a Érika tinha me dado de fluxo. Vi as agressões entrar e confirmar, quando o tt confirmou eu coloquei minha ordem. Segui o que ela ensinou e acreditei, se desse errado paciência, mais eu sabia que não ia dar errado eu sentia, não sei explicar.
O que passou pela sua cabeça quando R$ 30 virou R$ 315?
Quando vi, quase pulei da cadeira, parecia que eu tinha achado um tesouro. Aquele momento me iluminou: foco e coragem podem transformar até centavos em recomeços.
Como foi fechar o mês com quase R$ 4 000 depois de tanto medo?
Foi surreal! Pensei nos meus filhos, na nossa casa, e percebi que o mercado tinha me dado mais que dinheiro, ele me deu esperança de um novo começo.
O que mudou na sua rotina e na da sua família depois daquele mês?
Acordo cedo pra estudar, faco o fechamento, revejo minhas anoto no caderno os preço que pretendo operar antes do pregão, faço minha prece diaria, preparo o lanche dos meus filhos até a vam chegar está tudo pronto, e depois que ele vão pra escola eu rodo replay, montei meu cantinho de operação em casa e, o melhor, tirei meus filhos da escola pública e coloquei na particular. Hoje eles têm um futuro que eu achava que nunca ia consegir da pra eles
Como você lida hoje com as oscilações e os dias de perda?
Volto sempre naquela máxima respeite o gerenciamento, isso é uma mantra. Cada loss é um aprendizad, perca rápido, perca pouco e aprenda sempre.
O que diria pra quem ainda não tem consistência e acha que nunca vai conseguir?
Olha, eu tremia até a mão quando começava. Mas cada trade, bom ou ruim, é um degrau. Se eu, mãe solo, morando no interior do mato grosso, virei trader com R$ 30, você também consegue. Só precisa de coragem, estudo e disciplina dia após dia, a consistência chega.
Como seus professores influenciaram sua jornada?
A Érika puxava minha orelha quando eu caía na tentação do atalho e me dava colo quando eu duvidava. Esse mix de cobrança firme e cuidado de mãe fez eu crescer de verdade sem ela eu não tinha conseguido, ela acreditou em mim e me estendeu a mão quando eu mais precisava. Sem pena de mim entende? Mas com muito coração.
Como foi a transição de empregada doméstica a trader profissional?
Eu limpava casas, chegava cedo, caprichava em cada detalhe. Levei essa disciplina pro trade, cada ordem, cada clique, era com todo cuidado. A dedicação me mostrou que a gente pode sair de onde menos espera e tomar as rédeas do próprio destino.
Por que você escolheu fazer Economia enquanto vive do trade?
Quis juntar teoria e prática. A faculdade me dá a base conceitual, o trade me dá o dia a dia real. É a receita tradicional de quem quer fazer dinheiro de forma séria, cabeça sólida e experiência.
Como você concilia trade, faculdade de Economia e vida de mãe solo?
Organização. Manhã é pregão, tarde é faculdade, noite é hora dos meus filhos. Aproveito cada intervalo pra revisar e, quando as crianças dorme, estudo as tarefas da faculdade ou do mercado. É puxado, mas ver meus filhos felizes e aprender todo dia faz valer cada segundo.”
O que você espera conquistar nos próximos anos como trader?
Sonho em ampliar meu capital de forma estável claro, mas o grande objetivo é criar uma reserva que me deixe escolher meus trades sem pressão diária. Também quero mostrar pras mulheres da minha terra e de fora que transformar pouco em oportunidade é possível basta querer.

Luciana Kaetsu – Trader e Empresária
Qual foi o trade que te fez virar de vez profissional?
Foi o dia do meu maior loss, o dia de fúria. Eu perdi tudo que tinha construído até ali. Comecei com apenas R$200 e, operando com 1 contrato, cheguei a acumular quase R$14mil
Luciana Kaetsu
Trader Profissional
Como tudo começou pra você no day trade?
Tudo começou quando percebi que, apesar de estar em uma carreira financeiramente estável, o custo emocional e familiar estava alto demais. Eu precisava me expor constantemente em redes sociais, lidar com a pressão de atrair clientes o tempo todo, e isso começou a afetar minha saúde e minha presença com a minha família.
Foi aí que comecei a olhar pro mercado financeiro com outros olhos. No day trade, vi uma possibilidade real de conquistar liberdade de tempo, mobilidade e autonomia, sem depender da exposição constante. A ideia de poder trabalhar de qualquer lugar e estar mais presente na vida dos meus filhos me motivou a mergulhar de verdade nesse universo. E desde então, tenho encarado o trade como uma profissão séria, buscando consistência, evolução e qualidade de vida.
Qual foi o seu maior tombo (e aprendizado) nos primeiros meses?
Meu maior tombo foi querer ganhar o tempo todo. No início, eu fazia muitas operações, mesmo com a Érika sempre me alertando sobre esse erro. Curiosamente, eu acertava os pontos de entrada no fluxo, mas com o passar dos meses comecei a tomar alguns loss, e ao invés de aceitar, eu tentava recuperar na força, operando no impulso.
A cada perda, eu me afundava mais, não por falta de leitura ou estudo, mas porque deixava o emocional tomar conta. Era como se eu estivesse brigando com o mercado, mas no fundo eu estava brigando comigo mesma, com minha ansiedade, meu orgulho, e a pressa de fazer dar certo rápido.
Foi aí que caiu a ficha: no mercado, não basta ter estudo, saber os pontos de entrada. O verdadeiro desafio é lidar com a gente mesmo. Esse tombo me ensinou que consistência vem quando aprendemos a respeitar o processo, controlar o ego e operar com clareza, e não com sede de resultado.
Tem algum ritual ‘à moda antiga’ que você ainda faz antes de abrir o pregão?
Todo dia começo com um café forte e uma oração silenciosa. Peço sabedoria e foco. Depois disso, abro meu fechamento, e revejo o plano do dia, como se fosse um preceito mesmo.
Como você lida com a ansiedade quando o mercado vira do avesso?
Hoje em dia, desconecto. De verdade. Saio da tela, respiro, lembro que meu valor não depende do resultado de um dia. E volto só quando estou 100%. Meu maior truque é aceitar que o controle é do processo, não do resultado.
Qual foi o trade que te fez virar de vez profissional?
Foi o dia do meu maior loss, o dia de fúria. Eu perdi tudo que tinha construído até ali. Comecei com apenas R$200 e, operando com 1 contrato, cheguei a acumular quase R$14mil em 4 meses. Mas em alguns dias, deixei a emoção dominar, fugi do meu gerenciamento e perdi tudo.
Nesse momento, minha mentora Érika foi fundamental. Com firmeza e verdade, ela me mostrou que ser profissional não é ganhar sempre, é respeitar o gerenciamento, controlar o emocional e operar com consciência. Ali, eu virei a chave. Entendi que consistência vem de dentro pra fora, e que o verdadeiro lucro começa quando a gente amadurece.
Você já teve que segurar a impulsividade e esperar o setup perfeito?
Direto. No Gold, isso é o centro: paciência. Às vezes, passo horas esperando uma entrada, e quando ela vem, é como se o tempo parasse.🤣Aprendi que o preço certo te encontra, se você tiver coragem de esperar.
O que nunca pode faltar na sua checklist diária de operações?
A leitura do livro café com Deus pai, a minha conversa com Deus, plano de trade do dia definido (preços anotados de acordo com o fechamento e faço a confluência com o leilão), risco calculado e emocional checado. Sem isso, nem começo. E anotar tudo: não só os preços, mas como eu estava me sentindo naquele momento.
Como você equilibra vida pessoal e as velas de 1 minuto piscando o dia inteiro?
Disciplina de verdade. Horário pra operar, horário pra ser mãe, horário pra viver. Não troco uma risada dos meus filhos por uma operação a mais. Liberdade sem equilíbrio vira prisão disfarçada.
Qual conselho inspirador você daria pra quem tá no red e pensando em desistir?
O vermelho faz parte. Só não faz sentido se você estiver repetindo os mesmos erros. Estuda, se escuta, busca ajuda, e lembra por que começou. A consistência é um caminho, não um ponto de chegada.
O que o mercado de hoje tem a ensinar de lição antiga?
Que não importa o quanto o mercado evolua, o básico ainda é ouro: saber ler bem as ferramentas, respeitar o gerenciamento de risco e manter a disciplina nos estudos. O cenário muda, as plataformas se atualizam, os ativos se comportam diferente… mas o que sustenta no longo prazo continua sendo o mesmo: consistência, paciência e respeito ao processo. É isso que separa quem sobrevive de quem quebra.
Qual hábito seu de antes do trading você não abre mão?
Ter a tarde livre com meus filhos, levando eles nas atividades de esporte.
Como você enxerga o futuro do day trade nos próximos cinco anos?
Vejo um mercado cada vez mais tecnológico, com mais inteligência artificial, automações e muita gente nova chegando. Mas, no fim, só vai permanecer quem tiver uma base sólida. Quem souber se adaptar às mudanças sem abrir mão dos fundamentos: leitura de mercado, gerenciamento de risco e controle emocional. A evolução é inevitável, mas a consistência ainda vai ser o que diferencia os profissionais dos curiosos.
Se pudesse voltar no tempo e dar um toque pra trader do passado, o que diria?
Vai com calma. Aprende primeiro, entende o jogo antes de querer ganhar dinheiro. E, principalmente, não tenta provar nada pra ninguém, o trade não é sobre mostrar resultado pros outros, é sobre você com você mesmo. Maturidade no mercado vem quando você para de operar pra fora e começa a operar com consciência e propósito.
Qual foi a frase mais marcante que ouviu de um mentor/trader veterano?
Minha mentora Érika sempre diz: “Não façam marmotas, tenham gerenciamento de risco, aceitem a perda, e lembrem que não operar também é operar.” Essas frases me ensinaram que maturidade no trade é saber quando entrar, mas principalmente quando não entrar. Que controle emocional e gestão vêm antes do ganho. Hoje, esse é o meu mantra: disciplina no gerenciamento, respeito ao mercado e cabeça fria, porque consistência se constrói naquilo que a gente evita, não só naquilo que a gente faz.
O que você curte fazer quando o mercado fecha?
Família. Levo meu filho no futebol, conversas com minha filha, observo com gratidão tudo que Deus me permitiu viver no dia, preparo o jantar e espero meu marido chegar. São momentos simples, mas que me conectam com o que realmente importa.
Na maioria das vezes, opero só até o meio-dia. Depois disso, só acompanho o mercado pelo celular, se ainda estiver em alguma operação. O resto do dia é meu, pra viver, cuidar de mim e dos meus, e estudar. Porque o mercado fecha, mas meu propósito segue aberto o tempo todo.